sexta-feira, 13 de julho de 2012

A importância dos mitos na Grécia Antiga

             A mitologia grega possui um número enorme de lendas sobre divindades e figuras míticas. Os deuses olímpicos são os seres mais famosos das antigas histórias da Grécia, mas, além deles, os gregos também acreditavam na existência de criaturas fantásticas cujos corpos eram monstruosos e possuíam características fora da realidade (os ciclopes, por exemplos, eram gigantes com apenas um olho no meio da testa; e o Cérbero era um cão de três cabeças que cuidava do portão de entrada para o reino subterrâneo dos mortos). Os mitos sobre essas criaturas serviam para complementar a mitologia e, às vezes, carregavam algum significado com a intenção de passar uma moral para os cidadãos gregos.
            Entre essas figuras mitológicas, estão os centauros, seres com o torso e a cabeça humanos e o corpo de cavalo. Eles eram divididos em dois grupos: os filhos de Íxion e Nefele (que simbolizavam o mal, a força bruta e insensata) e os filhos de Filira e Cronos (que simbolizavam o bem, a força aliada à bondade). Essa classificação para separar dois tipos de centauros é uma metáfora para a civilização – existem também dois tipos de pessoas, aquelas que tendem para o bem e aquelas que tendem para o mal.
            Outra história da mitologia grega é a lenda do minotauro. O rei Minos desejava tornar-se o rei de Creta e, para isso, pediu ajuda de Posídon, deus dos mares. Ao auxiliar Mitos com seu desejo, o deus pediu em troca que o rei sacrificasse um touro branco. No entanto, Mitos ficou impressionado com a beleza do animal e resolveu mantê-lo vivo. Como castigo, Posídon fez com a que a esposa de Mitos se apaixonasse pelo touro e ficasse grávida do animal. A partir disso, nasceu o minotauro, uma criatura com cabeça de touro e corpo de homem. O rei Minos, com a intenção de esconder o minotauro, trancou-o dentro de um labirinto e enviava para lá alguns jovens anualmente para que a criatura os devorasse. Na época do envio do terceiro grupos de jovem a serem sacrificados, o herói Teseu conseguiu matar o minotauro. Essa lenda costumava ser contada oralmente na Grécia Antiga como uma maneira dos gregos ensinarem o que poderia acontecer com aqueles que desrespeitavam ou tentavam enganar os deuses.
            Há também o mito da Medusa, um monstro com corpo de mulher e cabelos de serpentes. De acordo com a lenda, se uma pessoa olhasse diretamente para os olhos da Medusa, essa pessoa seria transformada em pedra. O herói Perseu foi o único capaz de derrotar essa criatura; após olhar apenas para o reflexo dela em um escudo espelhado (o que não o transformou em pedra), Perseu a decapitou com sua espada. A história de Medusa poderia ser considerada, por muitos gregos, como uma metáfora para a fúria feminina.
            A Hidra de Lerna era outro ser da mitologia grega, caracterizada como sendo um animal com corpo de dragão e nove cabeças de serpente. Ela era capaz de matar os homens apenas com seu hálito venenoso. O herói Héracles (ou Hércules, segundo a mitologia romana) conseguiu derrotar esse monstro. A Hidra foi criada pela deusa Hera, que, ao perceber que Héracles iria matar o animal, enviou um caranguejo até o local do combate para que este ajudasse a Hidra na luta. No entanto, o herói pisou em cima do caranguejo, convertendo-o na constelação de Câncer.
            Os gregos realmente acreditavam na existência dessas figuras mitológicas. Alguns sentiam medo de tais criaturas e ficavam sempre preocupados com a possibilidade de encontrarem pessoalmente esses animais. Para outros, as lendas tinham o simples objetivo de passar algum ensinamento vinculado às normas da sociedade grega ou ao respeito que deveriam ter diante dos deuses. Em suma, os mitos faziam parte do mundo e da vida dos cidadãos da Grécia.

                                                                                                                      
Fontes:

Um comentário: